Dias diferentes

Outro dia, conversando com um amigo, ele contou sobre uma semana inesquecível e maravilhosa que teve. Aquela susessão de dias que só acontecem coisas boas na vida de alguém. No caso, a dele.
E essa semana mudou em parte seus rumos e projetos.

Logo pensei que, derrepente, o Brasil está vivendo uma semana, na verdade uns dias bem específicos.

Desde o acidente do vôo da Gol, há dez meses, a coisa veio entortando, entortando esse caos aéreo, autoridades públicas mostrando um show de declações e gestos no mínimo infelizes. Nada de resolução de problemas e muitos etecéteras.
No Rio de Janeiro, os governos federal, estadual e municipal promoveram uma chacina no morro do Alemão. Visivelmente para dar um sossega leão na ladroagem reinante nos morros da cidade maravilhosa.
Então, logo antes do Presidente Lula tomar inusitads vaias na abertura da belíssima festa de abertura do pan 'do' Rio, pro mundo inteiro ver, o Cristo Redentor virou, por uma votação altamente contestada no exterior e não muito veiculada na mídia tupiniquim, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Apoteose!

Essas coisas mexem com um povo, já sensível.

Então, para provar que o Brasil é um país realmente à beira do surrealismo fantástico, o 'impávido colosso' vê nascer um ídolo, um pré-mito, o nadador virtuoso Thiago Pereira, good boy da mamãe e novo alvo das 'teens', ao mesmo tempo o 'florão da américa' sofre o baque seco do acidente do AirBus 320 da TAM. Uma tragédia até então inédita aqui.

E Renan Calheiros enxuga o suor frio que lhe escorre pelo pescoço.

A alegria e a tristeza, esses momentos singulares que estamos vivendo atualmente, preenchem uma sequência de dias muito especiais. Do tipo "Dez dias que mudaram a história". Tomara que possamos aprender de alguma forma, mudar rumos e seguir de forma melhor depois de reflexões sobre nossos momentos mais intensos. Bons ou ruins. Afinal de contas, bem-vindo ao mundo da dualidade.